Artigo Acesso aberto Produção Nacional

A DEMOGRAFIA MÉDICA BRASILEIRA COMPARADA AOS EUA E UNIÃO EUROPEIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2024; Volume: 6; Issue: 12 Linguagem: Português

10.36557/2674-8169.2024v6n12p2685-2694

ISSN

2674-8169

Autores

Liz Silva Mariano, Meg Franklin, Mauricio Augusto Colla, Mariane Borges, Guilherme Moita Sant'Anna, Antônio Vidal de Lima Filho, Bruno Rheuly Bonfá Camillo, Jade Luiza Durães de Araújo, Bárbara de Caldas Melo, Daniel Vieira Santos, Rhuan Pablo Souza de Vasconcelos, Marianna Vasconcelos Perboni,

Tópico(s)

Maternal and Neonatal Healthcare

Resumo

O estudo aborda a demografia médica no Brasil, comparando-a com os cenários dos Estados Unidos (EUA) e da Europa, analisando distribuição, densidade e formação de médicos. No Brasil, o número de médicos mais que dobrou entre 2000 e 2023, passando de 219 mil para 562 mil profissionais, com densidade atual de 2,6 médicos por 1.000 habitantes. Esse crescimento resulta da expansão de vagas em cursos de medicina, principalmente em instituições privadas, impulsionadas pela Lei dos Mais Médicos de 2013. Contudo, persistem desafios como a concentração de médicos generalistas devido ao gargalo vagas nas residências e questões relacionadas à qualidade na formação desses profissionais. A metodologia se baseou na análise dos dados disponíveis no livro Demografia Médica no Brasil de 2023 e em artigos disponíveis na plataforma PubMed. Nos EUA, prevê-se uma escassez de 139.160 médicos até 2030, mesmo com o aumento no número de formados ainda há limitação de vagas em programas de residências. A densidade atual é de 2,64 médicos por 1.000 habitantes, semelhante à brasileira. Na Europa, a densidade média em 2017 era de 3,5 médicos por 1.000 habitantes, acima da média brasileira e americana. O Brasil caminha para alcançar uma densidade médica em países desenvolvidos até 2030, com projeções de 4 médicos para 1.000 habitantes. Contudo, persistem desafios como a má distribuição regional, baixa qualidade na formação e escassez de especialistas. As políticas públicas precisam alinhar a expansão da força de trabalho à melhoria na formação e à distribuição equitativa, garantindo maior eficácia e mais vagas para especialização.

Referência(s)