Artigo Acesso aberto

Insuficiência cardíaca crônica: abordagens atuais, desafios e perspectivas futuras

2024; Brazilian Journal of Development; Volume: 7; Issue: 9 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv7n9-455

ISSN

2595-6825

Autores

Luana Francisco Munck Fontes, Iris Lopes de Faria, Loren Ramos Teixeira, Renata Bergo Moraes, R. Fonseca,

Tópico(s)

Cardiovascular and exercise physiology

Resumo

A insuficiência cardíaca crônica (ICC) é uma condição complexa e progressiva, caracterizada por uma redução na capacidade do coração de bombear sangue de forma eficaz. Nos últimos anos, houve avanços substanciais no tratamento da ICC, especialmente na insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFER). O uso de medicamentos como betabloqueadores, inibidores da neprilisina e dos receptores de angiotensina (ARNIs), antagonistas do receptor mineralocorticoide (ARM) e inibidores de SGLT-2 tem demonstrado reduzir significativamente a mortalidade e as hospitalizações, além de melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Esses tratamentos têm abordado as causas e sintomas da doença, proporcionando controle mais eficiente dos pacientes com ICFER. Apesar desses avanços, o tratamento da insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP) continua sendo um desafio. Atualmente, as opções terapêuticas são limitadas e se concentram principalmente no controle de comorbidades, como hipertensão, fibrilação atrial e insuficiência renal. Não existem tratamentos farmacológicos específicos para ICFEP, e as diretrizes se concentram principalmente em estratégias para manejar esses fatores associados. Isso ressalta a necessidade urgente de mais pesquisas para identificar novas abordagens terapêuticas. O futuro do tratamento da ICC está centrado em terapias mais personalizadas e avançadas, com um foco crescente na medicina de precisão. A pesquisa em biomarcadores e terapias genéticas oferece novas esperanças para tratamentos mais direcionados, enquanto os dispositivos cardíacos, como desfibriladores e dispositivos de ressincronização, têm demonstrado benefícios significativos na melhoria da sobrevida. A modulação do microbioma intestinal e outras terapias emergentes também têm o potencial de transformar o tratamento da ICC, trazendo novas perspectivas para o manejo e prognóstico da doença. A colaboração contínua entre pesquisa clínica e tecnologia será essencial para superar os desafios atuais da insuficiência cardíaca crônica.

Referência(s)