Artigo Acesso aberto

O método das hipóteses no Mênon de Platão

2024; FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE; Volume: 16; Issue: 46 Linguagem: Português

10.52052/issn.2176-5960.pro.v16i46.22025

ISSN

2176-5960

Autores

Weriquison Corbani,

Tópico(s)

Classical Philosophy and Thought

Resumo

No Mênon, o dialético é quem está em condições de saber o que é uma opinião verdadeira e uma falsa opinião. Seria justo dizer, seguindo esse raciocínio, que o dialético é o único capaz de ensinar a virtude (política), mas o diálogo não nos permite fazer esta afirmação, visto que termina dizendo que virtude não é conhecimento (89c-100c) e, portanto, não pode ser ensinada (98d). Como frisa Sócrates, para saber se virtude é conhecimento é preciso antes investigar “o que é a virtude?” (100b), algo que não acontece nesta obra aporética. A dialética surge no diálogo como arte do discurso, para marcar oposição à erística, que tem como característica a refutação. A diferença entre as duas artes é que a dialética assume uma perspectiva mais positiva, metodológica, de construção do conhecimento, ao contrário da antilogia sofística. Embora, as Formas ainda não estejam presentes, ao menos explicitamente, na discussão, o diálogo introduz a investigação por hipóteses, que habilitará o filósofo, mais que o sofista, a ser capaz de alcançar o conhecimento dos fundamentos (98a). PALAVRAS-CHAVE: Platão, Mênon, dialética, método, hipóteses.

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