
Memórias clandestinas e o trauma do calabouço. La casa de los conejos, de Laura Alcoba
2024; Volume: 20; Issue: 36 Linguagem: Português
10.48075/rlhm.v20i36.34017
ISSN1983-1498
AutoresLuiza Prates dos Santos, Cláudia Lorena Fonseca,
Tópico(s)Brazilian cultural history and politics
ResumoO presente artigo busca, através de relatos de memória e trauma, analisar como ocorreram as experiências de sujeitos que presenciaram as atrocidades da Ditadura Militar na Argentina. Buscamos, ainda, resgatar as memórias do calabouço que circundam o apagamento dos sujeitos que foram vítimas do golpe que resultou no desaparecimento de mais de trinta mil pessoas - muitas das quais seguem desaparecidas, dissertando brevemente sobre os movimentos que resistiram e seguem ativos até que esse capítulo seja encerrado pela justiça. Nesse sentido, tratamos dos temas em questão a partir da análise da obra La casa de los conejos (2008), de Laura Alcoba, tendo em vista o testemunho de suas memórias de infância. Inserida na vertente literária denominada literatura de los hijos – obras, ficcionais ou não, que abordam o período ditatorial argentino sob o ponto de vista daqueles que, não envolvidos diretamente com os fatos – ou os vivenciando em segunda mão, pela proximidade com seus familiares e amigos militantes - são profundamente afetados pelas circunstâncias, muitas vezes calando; muitas vezes testemunhando o que viveram: sua dor. Para tanto, nos valemos dos pressupostos de estudiosos dedicados ao tema, tais como Walter Benjamin (2006, 2010), Aleida Assmann (2011), Eurídice Figueiredo (2017); Jeanne Marie Gagnebin (2006), Maria Rita Kehl (2010), Pierre Nora (1993) e Roland Barthes (2011).
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