
Entre a beleza e o horror
2024; Volume: 20; Issue: 36 Linguagem: Português
10.48075/rlhm.v20i36.33948
ISSN1983-1498
AutoresBrunella Vasconcellos Alves, Andressa Zoi Nathanailidis,
Tópico(s)Psychology and Mental Health
ResumoO presente trabalho tem como objetivo propor uma análise comparativa entre o poema Aquarela, de Antônio Carlos de Brito (Cacaso) (1944-1987) e a arte visceral, de Adriana Varejão. Em especial, destacar as semelhanças da representação de violência na história brasileira, especificamente na Ditadura Militar e período colonial, na utilização da fronteira entre a beleza e o horror marcadas em suas expressões artísticas. Para tanto, mediante a utilização da metodologia comparatista, a qual se compromete em encontrar interseções entre as obras escolhidas, interligando as áreas de literatura e arte, o trabalho conta com a contribuição bibliográfica de pesquisadores como Debora R. Soares (2009), Jaime Ginzburg (2017), Jeanne Marie Gagnebin (2006), Jonatas A. Guimarães (2012), LurdiBlauth e Silva (2021), Nelson Martinelli Filho (2020), entre outros. A partir do encontro das semelhanças entre o poema e a arte plástica selecionadas, aos quais utilizam elementos que remetem tanto a beleza, quanto o horror, a pesquisa evidencia-se o trauma e dor dos corpos torturados e das suas vísceras espalhadas, ocorridos durante referidos períodos violentos, aos quais mancharam a história brasileira. Além disso, o artigo reflete sobre a contribuição da arte dos artistas indicados para a denúncia das violências acometidas e para a preservação da memória nacional.
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