Artigo Acesso aberto

Modelagem agrometeorológica do feijão em regiões homogêneas de produtividade no Nordeste do Brasil

2024; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 16; Issue: 13 Linguagem: Português

10.55905/cuadv16n13-178

ISSN

1989-4155

Autores

Thaywanne Novaes de Almeida, Fabrício Daniel dos Santos Silva, Denis Pereira dos Santos, Rafaela Lisboa Costa, Mário Henrique Guilherme dos Santos Vanderlei, João Otávio Alves Accioly,

Tópico(s)

Climate change impacts on agriculture

Resumo

O feijão é uma leguminosa rica em nutrientes e exigente em condições climáticas. Pluviometria e temperatura são as principais variáveis meteorológicas que afetam o seu desenvolvimento e produtividade. Na Região Nordeste do Brasil (NEB), o feijão é um dos cultivos mais importantes do ponto de vista socioeconômico, essencial para a alimentação humana. Cultivado em todas as mesorregiões dos estados do NEB, há grande variação na produtividade observada de acordo com dados do IBGE. Para avaliar essa variabilidade, foram usados dados de 1817 municípios entre 1974 e 2018 a fim de identificar três grupos homogêneos de produtividade via análise de agrupamento, classificados em grupos de baixa produtividade com média de 237 kg/ha (G1), de média produtividade com média de 415 kg/ha (G2); e de alta produtividade com média de 856 kg/ha (G3). Desse conjunto de municípios, calibrou-se e validou-se um modelo agrometeorológico de penalização por déficit hídrico para estimativa da produtividade para 73 municípios com dados meteorológicos. No G1, a correlação entre produtividade observada e simulada variou de 0,16 no município de Acaraú (Ceará) a 0,78 em São João do Piauí (PI). No G2 as correlações variaram de 0,08 em Arcoverde (PE) a 0,94 em Itabaianinha (SE), e no G3 as correlações variaram de 0,09 em Itiruçu (BA) a 0,81 em Bacabal (MA). A correlação média observada nos municípios de baixa produtividade foi de 0,52, nos de média produtividade 0,53, e nos de alta produtividade 0,46. O viés foi de -6 kg/ha no G1, 21 kg/ha no G2 e 38 kg/ha no G3, com valor médio de 18kg/ha entre todos os grupos. Os resultados foram satisfatórios e mostraram ser possível utilizar o modelo agrometeorológico de penalização da produtividade por déficit hídrico com sucesso na estimativa das safras de feijão para a maior parte dos municípios produtores do NEB.

Referência(s)