
CARACTERIZAÇÃO DA ASSEMBLEIA DE FORAMINÍFEROS BENTÔNICOS NO PARQUE ESTADUAL MARINHO DA PEDRA DA RISCA DO MEIO (CEARÁ, BRASIL) E SEU USO COMO INDICADOR DE CONDIÇÕES DE ESTRESSE EM RECIFES DE CORAIS
2024; Volume: 57; Issue: 2 Linguagem: Português
10.32360/acmar.v57i2.92925
ISSN2526-7639
AutoresMarina Arbex de Castro Lima, V. Tavares, Narelle Maia de Almeida, Tristan C. C. Rousseau,
Tópico(s)Geography and Environmental Studies
ResumoForaminíferos são organismos abundantes no sedimento marinho, divididos entre formas bentônicas e planctônicas, cujas carapaças são facilmente preservadas no substrato, podendo atuar como uma grande chave para estudos ecológicos e paleoecológicos. Em ambientes de recifes de coral, algumas espécies de foraminíferos bentônicos podem hospedar endossimbiontes com demandas semelhantes às dos corais em relação a condições físico-químicas. Este trabalho teve como objetivo principal identificar a assembleia de foraminíferos bentônicos presentes em um ambiente de recife de coral para determinação do índice FORAM (FI), um indicador simples e não invasivo cuja função é saber se a qualidade da água no ambiente é favorável ao crescimento ou recuperação dos recifes de coral, monitorando as condições de estresse daquele local a partir da utilização dos foraminíferos bentônicos como bioindicadores. Foram coletadas três amostras em um ponto no Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio (PEMPRIM), onde foram amostrados os três centímetros superficiais de sedimento. As amostras foram lavadas e quarteadas para triagem em estereomicroscópio binocular com identificação a nível de gênero e determinação do teor de carbonato de cálcio. A assembleia se mostrou uniforme e com uma alta diversidade, onde os gêneros Quinqueloculina, Amphistegina, Elphidium e Rosalina, característicos de águas salgadas com pouca influência continental, foram os mais abundantes. O teor de carbonato de cálcio indicou predominância de areias bioclásticas e o FI apresentou um valor médio de 3,2, o que indicou um ambiente favorável ao crescimento e desenvolvimento de corais, porém não ideal para a recuperação, que seria 4 ou mais. Valores semelhantes foram observados em Porto Seguro Tamandaré, o que indica que pode haver um potencial estresse nas águas do único parque marinho do estado do Ceará, bem como nesses locais. Palavras-chave: Foraminíferos portadores de simbiontes, índice FORAM, qualidade da água, bioindicadores, recifes costeiros.
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