Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Transporte fluvial do Rio Paraopeba (MG) a montante do Reservatório de Retiro Baixo: após o rompimento da Barragem de rejeitos B11

2025; UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO; Volume: 18; Issue: 1 Linguagem: Português

10.26848/rbgf.v18.1.p771-787

ISSN

1984-2295

Autores

Diego de Souza Sardinha, Gunther Brucha, Paulo Henrique Bretanha Junker Menezes, Jéssica Teixeira da Silveira, Deivid Arimatea Saldanha de Melo, Letícia Godoy, Fernando Verassani Laureano,

Tópico(s)

Tailings Management and Properties

Resumo

A bacia hidrográfica do Rio Paraopeba localiza-se na região central do estado de Minas Gerais. O Reservatório de Retiro Baixo foi construído no baixo curso a aproximadamente 300 km da Barragem B1, onde os rejeitos da Mina Córrego do Feijão verteram após o rompimento de 25 de janeiro de 2019. Este trabalho avaliou o transporte fluvial em t/ano pelo método estocástico, para nutrientes e principalmente os metais Mn, Cu e Fe entre fevereiro de 2019 a agosto de 2022, tendo sido realizadas dez amostragens na ponte da Rodovia MG 420 antes do reservatório. Para turbidez, oxigênio dissolvido, manganês, cobre, ferro e fósforo total algumas amostras apresentam desconformidade com a legislação vigente. Estas características também influenciam no transporte fluvial de nutrientes 29,18x103 t de Na+, 8,97x103 t de K+, 7,88x103 t de SO42-, 9,67x103 t de NO3-, 1,50x103 t de PO43- e 0,49x103 t de P e metais, 77,44 t de Mn, 0,23 x103 t de Cu e de 1,37 x103 t de Fe que são anualmente carreados e transportados ao reservatório pelo Rio Paraopeba. A bacia apresenta um complexo quadro geológico e pedológico, uso da terra diversificado com grande urbanização, atividades industriais, agrícolas, pastagens efluentes, dentre outros que, juntamente com a rompimento da barragem B1 e altos índices pluviométricos que favorecem o aumento das vazões e deflúvios entre os meses de outubro e março, vem contribuindo para o transporte fluvial e a qualidade de suas águas.

Referência(s)