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O PAPEL DA CIRURGIA ORTOGNÁTICA NA CORREÇÃO DE DEFORMIDADES FACIAIS SEVERAS: REVISÃO DAS TÉCNICAS, RESULTADOS E ABORDAGENS COMPLEMENTARES

2025; Volume: 17; Issue: 1 Linguagem: Português

10.36692/v17n1-02r

2178-7514

Olavo Quintino Candido Mariotini Valim, Rafael Meira Pimentel, Gabriel Costeira Machado,

Environmental and biological studies

O objetivo deste estudo foi revisar as abordagens clínicas e os desafios no manejo de deformidades faciais severas por meio da cirurgia ortognática, com foco em identificar técnicas atuais, avanços tecnológicos e áreas prioritárias para pesquisas futuras, a fim de otimizar o tratamento e os desfechos funcionais e estéticos para os pacientes. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura na plataforma PubMed, com a seleção de 34 artigos relevantes publicados nos últimos cinco anos. A cirurgia ortognática é um procedimento essencial para corrigir deformidades faciais graves, como problemas de oclusão e assimetrias ósseas, melhorando a função mastigatória, a estética facial e a qualidade de vida dos pacientes. Este procedimento frequentemente inclui técnicas como osteotomia Le Fort I, osteotomia sagital do ramo mandibular (BSSO), cirurgia bimaxilar, mentoplastia e distração osteogênica. Cada técnica é indicada para necessidades específicas, como correção de prognatismo mandibular, retrognatismo maxilar, e assimetrias faciais graves. A cirurgia é realizada em combinação com tratamento ortodôntico, visando o alinhamento adequado dos maxilares. Apesar dos riscos e complexidade, os resultados são amplamente satisfatórios, com impacto positivo na funcionalidade e na autoestima dos pacientes. As principais indicações da osteotomia subapical incluem a correção da protrusão dentoalveolar anterior e deformidades faciais leves a moderadas, proporcionando melhorias estéticas e funcionais. O procedimento envolve osteotomia horizontal, reposicionamento do segmento ósseo e fixação com placas e parafusos de titânio. Apesar dos benefícios, há risco de complicações, como recessão gengival e instabilidade mandibular. Cuidados pós-operatórios são essenciais para a recuperação. A osteotomia da placa lingual trata assimetrias graves, com correção precisa e boa estabilidade. Apesar disso, apresenta riscos, como lesão do nervo alveolar inferior, exigindo habilidades avançadas do cirurgião. A osteotomia segmentada do maxilar corrige hipoplasias severas e assimetrias faciais, combinando-se a outras técnicas para melhores resultados. Desafios incluem complexidade técnica e riscos de instabilidade. Avanços, como piezocirurgia e planejamento 3D, oferecem maior precisão, menores complicações e melhores resultados. Complicações pós-cirúrgicas incluem hemorragias, infecções e parestesia. A integração multidisciplinar e uso de tecnologias modernas aumentam a eficiência e satisfação dos pacientes. A cirurgia ortognática promove harmonização facial, melhora a funcionalidade mastigatória e respiratória, e tem impacto positivo na autoestima e qualidade de vida. Planejamento preciso e execução cuidadosa são cruciais para resultados duradouros. A cirurgia ortognática melhora deformidades faciais severas, unindo avanços tecnológicos a resultados funcionais e estéticos. Apesar de progressos, limitações de acesso e lacunas científicas, especialmente em dados de longo prazo, ainda persistem. Estudos futuros devem focar em técnicas menos invasivas e maior acessibilidade, priorizando a qualidade de vida dos pacientes.