Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Uma breve história das retraduções do Auto da Compadecida (1957) de Ariano Suassuna

2024; UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS; Issue: 82 Linguagem: Português

10.28998/2317-9945.202482.80-91

ISSN

2317-9945

Autores

Maria Alice Gonçalves Antunes,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

Este artigo tem por objetivo exibir a historiografia das (re)traduções do Auto da Compadecida (1957) para sete idiomas: polonês, inglês, espanhol, holandês, francês, alemão e italiano. Discuto o conceito de retradução, conforme debatido por Kaisa Koskinen e Outi Paloposki (2010a; 2010b; 2015), ampliado por Antoine Berman (2017), e recentemente mais uma vez discutido por Vitor Alevato do Amaral em seu artigo “Broadening the notion of retranslation” (2019), em especial. Traço a historiografia do Auto da Compadecida (1957) abordando os títulos que a obra adquiriu nos sete sistemas literários estrangeiros em que foi publicada e destaco questões relacionadas à noção de retradução apresentada. A discussão demonstra que é oportuno realçar a relevância do conceito que abrange línguas e espaços ampliados, conforme visão de Berman (2017). É importante evidenciar também a rediscussão de Amaral (2019), que redireciona e aponta como principais características da retradução seu potencial poliglotismo e intertextualidade. Os resultados mostram que há uma semelhança entre parte dos títulos, que antecipam o final da história: tanto o julgamento do malandro como o jogo da misericórdia.

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