Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Perfil epidemiológico da dengue: um estudo de séries temporais em Paiçandu-PR, Brasil (2018-2024)

2025; Brazilian Journal of Development; Volume: 8; Issue: 1 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv8n1-065

ISSN

2595-6825

Autores

A. Santos, Ana Carolina Pereira de Lara, Barbara Cristina Ferreira Silva, Claudia Tiemi Miyamoto Rosada, Erika Raysa Suarez Palenque, Fabíola Andréa Silva, Gabriel Domingos Pedroso,

Tópico(s)

Mosquito-borne diseases and control

Resumo

A dengue é uma arbovirose com elevada prevalência no Brasil. O objetivo deste trabalho é traçar um perfil epidemiológico, observando o comportamento da doença na população de Paiçandu-PR entre os anos 2018 e 2024. Este é um estudo quantitativo do tipo descritivo longitudinal de série temporal dos casos de dengue. Os dados foram obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Evidenciou-se que houve 2 picos de incidência no período estudado, em 2020 e em 2024. A população adulta é a mais acometida e os extremos etários constituem a menor parcela. As raças branca e parda equivalem a mais de 90% dos casos. A população com baixa escolaridade apresenta o menor número de casos registrados. Em 10% dos casos houve necessidade de hospitalização. A maioria dos casos evoluiu para cura, sendo que 4 deles evoluíram para óbito (0,11%). O sorotipo viral foi ignorado na maioria dos casos notificados. Não houve diferença significativa entre os sexos ou idade gestacional. Conclui-se que a doença apresenta um comportamento cíclico, influenciado, principalmente, por fatores climáticos e medidas de prevenção primária. A baixa incidência na população com menor escolaridade e de raça negra ou indígena pode ser resultado da dificuldade de acesso desta população às unidades de saúde. A concentração dos casos em adultos com pouca predileção por extremos etários, corrobora com a benignidade na maioria dos casos. No entanto, ainda se observou considerável taxa de hospitalização e alguns óbitos. Dessa forma, fica evidente a necessidade de educação continuada dos profissionais de saúde, bem como utilização de protocolos de classificação, reclassificação e manejo clínico, principalmente em períodos de epidemia, visando o cuidado de maneira integral e resolutiva. Faz-se necessário o fortalecimento de medidas de controle de transmissão e que os serviços de saúde minimizem as deficiências de cobertura.

Referência(s)