Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Os direitos da saúde da população negra: enfoque no atendimento na atenção primária à saúde primária para este grupo étnico/social

2025; Volume: 8; Issue: 18 Linguagem: Português

10.55892/jrg.v8i18.1804

ISSN

2595-1661

Autores

V. Alves, Gregson Luís Matos Silva, Priscila Torres, Guilherme Ribeiro Farias de Oliveira, Pedro Henrique Brandão Castelo Branco, Isabella Arce Leite Rocha, José Ribamar Martins Neto, Ian Farias de Oliveira, Bhav Babani, Rosemary Amanda Lima Alves, Fabiana Mânica Martins,

Tópico(s)

Health, Nursing, Elderly Care

Resumo

Introdução: Este estudo analisa as barreiras estruturais e institucionais que comprometem o Sistema Único de Saúde (SUS) na garantia de integralidade e equidade no atendimento à população negra no Brasil. Apesar da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, sua implementação é insuficiente diante dos desafios impostos pelo racismo estrutural e institucional. A população negra enfrenta os piores indicadores socioeconômicos e de saúde, agravados por práticas discriminatórias nos serviços de saúde. Metodologia: a pesquisa foi conduzida por meio de uma revisão da literatura de publicações entre 2009 e 2023, utilizando descritores relacionados à saúde da população negra e ao racismo institucional, selecionando inicialmente 23 artigos que depois de triados pelos critérios de inclusão e exclusão, totalizaram 18 para o estudo. Resultados e Discussão: Os resultados indicam que o racismo institucional se manifesta por atitudes discriminatórias, negligência e barreiras ao acesso aos serviços de saúde. Essas práticas perpetuam desigualdades, impactando negativamente a saúde da população negra, com consequências psicossociais como sofrimento mental e exclusão. Casos de violência obstétrica e dificuldades no cuidado reprodutivo contra mulheres negras foram destacados, evidenciando a incapacidade do SUS de cumprir seus princípios de equidade e integralidade. O fortalecimento de políticas públicas, o monitoramento de indicadores de saúde específicos e a capacitação profissional são fundamentais para combater essas desigualdades e promover práticas antirracistas.Conclusão: Avaliação das disparidades indica que o racismo estrutural e institucional ainda representa um obstáculo relevante para a concretização dos princípios do SUS. Logo, a fim de superar essas dificuldades, é fundamental aprimorar o acompanhamento de indicadores de saúde, aprimorar a capacitação de profissionais e estabelecer iniciativas mais efetivas no combate ao racismo.

Referência(s)