Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Osteoartrose lombossacra em leoa (Panthera leo)

2024; Volume: 39; Linguagem: Português

10.46311/2178-2571.39.eurj4691

ISSN

2178-2571

Autores

Eduardo Augusto Terra Rossi de Barros, Paulo Fernandes Marcusso, Giovanna Valverde Magalhães Barbosa, Henrique Scomparin Guardia, Sônia Rumiko Suzuki França, Giovani Dal'Bó, Michelle Falcade Forti, Guilherme Guindolin Galassi, Fábio Henrique Viaceli Conforti, Daniela Pereira Bonini, Renato Leite Leonardo, Renata Paulino Xavier, Luciana Facco de Andrade, Everton Dos Santos Cirino, J Salomão,

Tópico(s)

Veterinary Oncology Research

Resumo

A osteoartrose é um distúrbio crônico, deteriorando a cartilagem articular e estruturas periarticulares, sendo uma grande causa de dor articular nos felinos senis. Gatos frequentemente desenvolvem artroses devido ao envelhecimento, obesidade e sedentarismo, fatores comuns em cativeiro. Assim, pode-se considerar que artroses em felinos selvagens são desencadeadas pelos mesmos fatores, considerando a fisiologia do gato doméstico (Felis catus) como similar aos demais membros da família Felidae. Este trabalho objetivou relatar um caso de osteoartrose lombossacra em uma leoa (Panthera leo). O animal de 20 anos de idade, do Parque Ecológico de Americana – SP, apresentava sinais de apatia e hiporexia, sendo encaminhado para o Hospital Veterinário da Faculdade de Americana (FAM), onde foram realizados exames de check-up. Não havia alterações em hemograma, enquanto no bioquímico foram observados leve hipoalbuminemia e grande aumento de amilase. Na ultrassonografia, rins apresentaram contornos sutilmente irregulares. Na endoscopia, havia hiperemia em vias respiratórias e nódulos polipoides em nasofaringe. Na laringe, foram observadas úlceras bilaterais em região subglótica e, em brônquios, malácia e fratura de anéis brônquicos. Na radiografia, foram vistos processos de mineralização das articulações esternocondrais e luxação xifoide. Na coluna vertebral, havia presença de entesófitos em vértebras, pontes anquilosantes, opacificação de forame intervertebral, perda de definição de facetas articulares, remodelamento de corpos vertebrais e estruturas puntiformes de radiopacidade mineral sobrepondo processos espinhosos. Conclui-se, portanto, que pela proximidade genética e evolutiva, deve-se atentar aos sinais de artrose em felinos selvagens, pois assim como ocorre em felinos domésticos, os fatores predisponentes comumente presentes em ambiente cativo, juntamente com a idade avançada, podem desencadear a osteoartrose.

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