Artigo Revisado por pares

Os Castelos e o Conselho Real: Patrocínio Político em Portugal (1495-1521)

2010; Coimbra University Press; Volume: 10; Linguagem: Português

10.14195/1645-2259_10_1_5

ISSN

2183-8615

Autores

Susannah Humble Ferreira,

Tópico(s)

Medieval Iberian Studies

Resumo

No início do século XVI, um aumento de riqueza e de interesse em diplomacia resultou no crescimento da corte portuguesa, tanto em termos do número de pessoas como em termos espaciais (tamanho físico dos palácios). Este artigo tem como objectivo examinar os motivos por detrás da expansão do conselho real português durante o reinado de D. Manuel I (1495-1521) e postula que o rei terá empreendido essa expansão numa tentativa de criar laços verticais, ligando a corte com castelos situados na fronteira luso-castelhana. O conselho real operava como o núcleo político da nação e as posições no conselho conferiam prestígio, fazendo das nomeações para o concelho um importante veículo de patrocínio político. A motivação para expandir o tamanho do conselho do rei é contextualizada nas tensas relações entre Portugal e Aragão-Castela após a união das coroas em 1479.

Referência(s)