Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Fragmentação humana em saúde à luz da saga Divergente: Um debate sobre especializações na educação médica com metodologias ativas

2025; Grupo de Pesquisa Metodologias em Ensino e Aprendizagem em Ciências; Volume: 14; Issue: 1 Linguagem: Português

10.33448/rsd-v14i1.47911

ISSN

2525-3409

Autores

Cely Carolyne Pontes Morcerf, João Mazzoncini de Azevedo Marques,

Tópico(s)

Child and Adolescent Health

Resumo

Conhecida pelo sucesso de bilheterias e da popularização entre o público adolescente por debater em uma perspectiva filosófica e futurística o avanço de tecnologias associado ao controle governamental de uma cidade subdividida em um sistema de facções, a saga Divergente de Veronica Roth aborda temáticas atuais e que auxiliam como ponte de diálogo entre jovens e docentes sobre discussões de diversas esferas do conhecimento, incluindo problemas complexos existentes na evolução do ensino médico até os desafios da prática médica fragmentada e mecânica. O presente artigo objetiva apresentar um relato de experiência da utilização de uma metodologia ativa de ensino, o Role-playing, associada ao cenário de fantasia da saga Divergente para a problematização da hiperespecialização médica em analogia ao desenvolvimento do sistema de facções. Associa-se a uma revisão narrativa de literatura, com debates estratégicos das etapas de discussão da literatura juvenil inseridos na resolução de um caso clínico complexo, em um contexto de ambulatório de especialidades, discutindo questões como a criação e incentivo desenfreado de ligas acadêmicos subespecializadas contribuindo para a manutenção do modelo biomédico hegemônico e que fortalece a visão hospitalocêntrica e de fragmentação da pessoa humana. Tal processo dificulta o raciocínio clínico em uma perspectiva biopsicossocial, direcionada ao cuidado integrado e centrado nas pessoas. Dessa forma, realiza uma analogia crítica da visão do divergente na saga como uma ameaça ao sistema por não se enquadrar apenas em um grupamento específico, comparando-se ao processo de invisibilização e inferiorização da medicina de família como especialidade médica integral.

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