Artigo Acesso aberto

Doença inflamatória intestinal no sudeste do Brasil: análise de série temporal de internações hospitalares entre 2013-2023

2025; Brazilian Journal of Development; Volume: 8; Issue: 1 Linguagem: Português

10.34119/bjhrv8n1-174

ISSN

2595-6825

Autores

Inês A. C. Pereira, Bruna Natieli Raithz, Alexia Cristine Oliveira Rocha, Daniela Luongo Siqueira Lopes de Castro, Luísa Amaral Meneses, Johny Carlos de Queiroz,

Tópico(s)

Autoimmune and Inflammatory Disorders

Resumo

Em todo o mundo, a doença inflamatória intestinal atinge mais de 5 milhões de pessoas e sua incidência vem aumentando. Na literatura, no Brasil, houve um aumento de 15% em 9 anos, entretanto a literatura carece de estudos que avaliem o cenário epidemiológico da região Sudeste. Objetivo: Identificar o cenário epidemiológico de internações hospitalares por doença inflamatória intestinal na região Sudeste do Brasil na última década. Métodos: Trata-se de um estudo de análise de série temporal, com análise de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS sobre hospitalizações por doença de Crohn e colite ulcerativa (CID-10 K50-K51) de 2013 a 2023, disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS. Foram examinados internações e óbitos, ano de processamento, raça/cor da pele, sexo e faixa etária, além da taxa de mortalidade. Os dados foram organizados no Excel e analisados mediante estatística descritiva. Resultados: A região Sudeste registrou 23.913 internações por doença inflamatória intestinal, com o estado de São Paulo liderando, totalizando 58,19% dos casos. A maioria das internações ocorreu em pacientes do sexo feminino (54,66%), sendo a faixa etária de 30 a 39 anos (16,85%) e a etnia branca as mais prevalentes. Quanto aos óbitos, foram registrados 561 casos no mesmo período. Conclusão: Ficou evidente que a doença inflamatória intestinal é proeminente na região Sudeste, com destaque ao estado de São Paulo. Os resultados reforçam a importância de considerar questões genéticas, ambientais e hormonais, no desenvolvimento e progressão da doença inflamatória intestinal, visto o predomínio em mulheres e brancos.

Referência(s)