Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Perspectivas decolonizadoras e pluriversalidade decolonial na prática e na pesquisa em administração: introdução à edição especial

2024; Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas; Volume: 22; Issue: 6 Linguagem: Português

10.1590/1679-395120240172

ISSN

1679-3951

Autores

Michelle Mielly, Gazi Islam, Ana María Peredo, Penelope Muzanenhamo, Hélio Arthur Reis Irigaray, Sandiso Bazana,

Tópico(s)

Management and Organizational Studies

Resumo

Resumo Perspectivas decoloniais e pluriversais têm aparecido com cada vez mais frequência nos estudos organizacionais, desafiando paradigmas de conhecimento ocidentais e eurocêntricos predominantes no campo da gestão. Os artigos desta edição especial oferecem uma crítica e também alternativas às perspectivas hegemônicas, colocando em primeiro plano novas possibilidades que consideram as múltiplas formas de se conhecer e organizar, particularmente aquelas originadas em comunidades menos visíveis, marginalizadas, indígenas ou minoritárias. Os estudos apresentados aqui questionam normas eurocêntricas arraigadas na teoria da gestão, privilegiando novas perspectivas que abrangem três conceitos centrais e comuns entrelaçados na questão: hibridismo, alteridade e afirmatividade. Esses temas são bastante abrangentes e refletem um compromisso em reconhecer e integrar diversas tradições epistêmicas, seguindo a noção de pluriversalidade de forma a resistir a interpretações simplistas ou monolíticas de práticas de organização humana. Tal compromisso requer a defesa de práticas editoriais mais inclusivas além das normas tradicionais para reconhecer as barreiras impostas por veículos e padrões de publicação de domínio inglês. O conjunto de artigos publicados nesta edição faz uma exploração interdisciplinar da prática e da teoria decoloniais ao mesmo tempo que demonstra um impulso específico para diversificar e pluralizar o campo dos estudos organizacionais. O envolvimento de vozes globalmente marginalizadas em todos os contextos e formas organizacionais contribui na promoção de meios reflexivos e inclusivos de desafiar práticas hegemônicas dentro da própria academia e, finalmente, encorajar acadêmicos organizacionais a adotar estruturas decoloniais capazes de criticar e renovar práticas de gestão em todo o mundo.

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