VANESSA IVES, CORPO SOMÁTICO E O PSIQUISMO: ‘EU FUGI DA ESCURIDÃO POR TANTO TEMPO, APENAS PARA ME ENCONTRAR EM UM LUGAR AINDA MAIS ESCURO’
2025; Volume: 5; Issue: 1 Linguagem: Português
10.56083/rcv5n1-076
ISSN2764-7757
AutoresAngelo Luiz Ferro, Antonieta Lima, Monah Winograd,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoEste artigo busca interrogar as interseções entre a psicanálise, o adoecimento psíquico aliado à análise de produção televisiva, a saber, um episódio do seriado Penny Dreadful. Trata-se de uma análise documental, uma vez que utiliza como escopo textos que passaram por tratamento científico, bem como produção televisiva. A base epistemológica utilizada é a psicanálise freudiana, por compreendermos que a mesma se configura como saber e perspectiva de tratamento psíquico desde a virada do século XIX para o século XX e, até hoje, se mantém como terapêutica eficiente. Nesse sentido, para refletir sobre essa dimensão de adoecimento, nos pareceu oportuno utilizar o conceito de histeria de conversão – o que atualmente não contempla como nosografia nos manuais diagnósticos - feita pelo teórico Sigmund Freud, no que toca o sofrimento psíquico intenso que atravessa o corpo da personagem a ponto de imprimir marcas somáticas. Neste artigo foi possível analisar os mecanismos de defesa e constituição do eu à medida em que este fora constituído de maneira obstada, encontra-se fragilizado e busca, constantemente, recalcar os objetos pulsionais, cujos desejos e satisfações seriam socialmente intoleráveis. Esta busca por recalcar os objetos pulsionais em excesso se justifica, invariavelmente, em consequência de questões sociais que interferem em sua vida psíquica a ponto de se tornar um impasse conflituoso que a levaram ao adoecimento psíquico.
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