#095 Avaliação do torque máximo em prótese sobre implantes: Estudo piloto laboratorial
2024; CIG Media Group; Volume: 65; Issue: s1 Linguagem: Português
10.24873/j.rpemd.2024.12.1320
ISSN1647-6700
AutoresMahoor Kaffashian, Seyedfarzad Hashemi, Joana Fialho, Filipe Araújo, Patrícia Fonseca, André Correia,
Tópico(s)Dental Implant Techniques and Outcomes
ResumoObjetivos: O torque de aperto dos parafusos protéticos é um fator essencial na reabilitação implanto-suportada. Esse torque pode ser obtido com instrumentos calibrados ou com aparafusamento manual, observando-se poucos estudos sobre este último. Este estudo tem por objetivo analisar os fatores que afetam o torque máximo obtido com aparafusamento manual. Métodos: Foi desenhado um estudo piloto laboratorial, observacional transversal. Uma amostra de conveniência foi obtida de uma população de professores e estudantes universitários (n=10 e n=20, respetivamente). A amostra foi caracterizada por género, idade, área de interesse, índice de massa corporal e mão dominante. Utilizou-se uma chave protética curta e longa, em várias condições de trabalho: luvas de nitrilo, de látex, e sem luvas; cenários seco e húmido. Os participantes foram informados / instruídos sobre o protocolo experimental. Os valores de torque foram medidos usando um torquímetro de bancada (PCE Instruments™, PCE-CTT 2), certificado e calibrado. As medições foram efetuadas numa sessão de 8-10 minutos, por participante. Foi efetuada uma análise estatística descritiva e inferencial (ANOVA) para analisar a influência das variáveis referidas (limiar de significância de 0,05). Resultados: O tipo de utilizador e o tipo de luva influenciam significativamente o valor de torque. Os professores exibiram valores mais elevados [média: 17,7 N/Cm (seco) e 16,1 N/Cm (húmido)] comparativamente aos estudantes [(média: 15,4 N/Cm (seco) e 14,6 N/Cm (húmido)] (p=0,023). Com luvas de nitrilo obtiveram-se valores de torque mais elevados [média: 17,9 N/Cm (seco) e 16,3 N/Cm (húmido)], comparativamente a sem luvas [média: 14,8 N/ Cm (seco) e 13,6 N/Cm (húmido)] (p=0,007). Essas diferenças não foram significativas entre luvas de nitrilo e látex ou entre luvas de látex e sem luvas. Importa referir que vários utilizadores referiram fadiga e desconforto ao utilizar as chaves protéticas, após a série de ensaios efetuados. Conclusões: Este estudo piloto permitiu concluir que a experiência de utilização destas chaves protéticas, assim como o tipo de luva, influenciam o valor de torque máximo obtido no aparafusamento dos parafusos protéticos. Importa ainda realçar a necessidade de melhorar a ergonomia das chaves protéticas para minimizar o desconforto relatado nos apertos máximos efetuados.
Referência(s)