Panorama da radiodifusão regional: tendências e resistências no desafio da conquista da cidadania
2025; Servicios Academicos Intercontinentales; Volume: 18; Issue: 1 Linguagem: Português
10.55905/revconv.18n.1-355
ISSN1988-7833
AutoresAndré Luiz de Toledo, Cilene Gomes,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoEste artigo reflete sobre a interseção entre a regulação da ocupação urbana e do setor de radiodifusão, a partir de uma análise da Constituição Federal de 1988. Propõe-se discutir os interesses envolvidos na ocupação do espaço urbano: de um lado, o zoneamento privilegia empreendimentos em áreas de maior acessibilidade física, assim como a frequência FM, ocupada por grandes redes de radiodifusão; de outro, a periferia urbana, carente de acessibilidade, reflete-se na faixa estendida do dial FM, restringindo a radiodifusão comunitária. A metodologia incluiu: análise da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD); estudo da recepção de rádios no município polo da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte; e dados de acesso ao portal Radios.com.br e ao aplicativo RadiosNet, caracterizando a comunicação regional pela densidade técnica e informacional, segundo Rizzatti (2015). Os resultados mostram um padrão de centralização territorial, com a urbanização dominada por setores imobiliários e grandes emissoras, dotadas de maior potencial técnico e comunicacional. O debate se apoia nos conceitos de metropolização, regionalização e internacionalização da mídia, evidenciando a desconstrução tecnosocial da radiodifusão em favor do capitalismo financeiro e da ausência de compromisso do Estado com a comunicação pública. Conclui-se propondo a horizontalização da comunicação regional como forma de democratizar a radiodifusão e fortalecer a cidadania, promovendo um panorama comunicacional mais inclusivo e diverso.
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