Artigo Acesso aberto Revisado por pares

#062 expansão rápida maxilar com tração de canino incluso: Contorno do prognóstico em adulto

2024; CIG Media Group; Volume: 65; Issue: s1 Linguagem: Português

10.24873/j.rpemd.2024.12.1288

ISSN

1647-6700

Autores

Cristina Barros, Maria do Céu Machado, Eduardo Nogueira, Catarina Vital, Maria Costa, Raimundo Marques,

Tópico(s)

Craniofacial Disorders and Treatments

Resumo

Introdução: Os caninos têm importância estética e funcional como suporte tecidular e guias de oclusão. A sua erupção longa e complexa pode associar-se a erupção ectópica ou impactação. A taxa de inerupção do canino permanente maxilar é de 2% . Em idades avançadas a sua abordagem é desafiante pela menor elasticidade óssea, resistência à expansão, risco de fenestração e de reabsorção radicular. Descrição do Caso Clínico: Mulher, 24 anos, saudável, sem traumatismos orofaciais foi referenciada a Estomatologia com preocupação estética dentária. Apresentava biótipo dolicofacial, classe I esquelética, aumento do terço facial inferior e assimetria mandibular. Intraoralmente constatou-se desvio direito da linha média (LM) superior e esquerdo da LM inferior; palato ogival (discrepância transversal com relação intermolar em défice superior de 10 mm); apinhamento incisivo, mordida cruzada (12 a 16, 25-26) e topo a topo (22 a 24); ausência de 13 (palpável no palato); relação canina classe II de Angle esquerda, e molar classe II bilateral. A ortopantomografia e telerradiografia lateral confirmaram inclusão de 13 com sobreposição horizontal da coroa no ápex de 12, angulação superior a 30º e ápex sobre a raíz de 15. Procedeu- -se a expansão maxilar com Hyrax (60 dias, 1/4 de volta de ativação diária); alinhamento da arcada superior até obtenção de espaço para 13 com uso de mola em arco de aço 0.20; exposição cirúrgica de 13, adesão de botão e tração indireta com ligadura elástica ao arco. Arcada superior trabalhada até consolidação final com arcos de aço 0.21x0.25 e inferior até arco de aço 0.20. Terminou com alinhamento da LM superior, descruzamento da mordida, 13 na arcada e relações caninas e molares classe I bilateralmente. Registou-se recessão gengival classe I de Miller em 13-14, com leve perda óssea vertical interproximal, sem rizálise/aumento da mobilidade. A doente foi encaminhada para Periodontologia, sem recidivas até à data. Discussão e Conclusões: Este caso ilustra o sucesso ortodôntico de uma abordagem baseada em fatores individuais: idade adulta, gravidade da inclusão e discrepância transversal sem aceitação cirúrgica pela doente. A expansão maxilar aumentou a dimensão transversal, corrigiu a mordida e criou espaço para o posicionamento de 13. A resolução da inclusão realizou-se eficazmente com exposição cirúrgica e tração progressiva. O tratamento proporcionou harmonia oclusal e funcional passível de ser usada em casos complexos idênticos.

Referência(s)