Artigo Acesso aberto Revisado por pares

#115 Saúde oral comunitária: Intervenção em odontogeriatria no Grande Porto

2024; CIG Media Group; Volume: 65; Issue: s1 Linguagem: Português

10.24873/j.rpemd.2024.12.1339

ISSN

1647-6700

Autores

María Cristina Triguero Veloz Teixeira, María Cristina Triguero Veloz Teixeira, Maria Fernanda Brandão de Resende Guimarães, Teresa Sequeira, Sandra Gavinha, Augusta Silveira,

Tópico(s)

Dysphagia Assessment and Management

Resumo

Objetivos: A relevância da pesquisa proposta baseia-se na grande necessidade de intervenção na saúde oral dos idosos. A seleção da população institucionalizada é justificada por sua crescente representatividade e fragilidade. Neste estudo apresentam-se resultados sobre higiene oral nesta população, pela importância do controlo eficaz da placa bacteriana na manutenção da saúde oral e geral, e pelo objetivo de analisar possíveis estratégias de acompanhamento por parte dos cuidadores, visando a adoção de modelos de intervenção nas instituições que atendem este grupo populacional. Métodos: O presente projeto de investigação inclui: consultoria avançada, formação, interação e mobilização na comunidade e visa promover a Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde Oral bem como o Estado de Saúde (Saúde Oral) numa população geriátrica do Grande Porto. Após parecer positivo da Comissão de Ética competente (Número FCS-PI 447/23-4), foi realizado um teste piloto nas instalações do Centro Social Paroquial Nossa Senhora da Boavista com uma amostra constituída por homens e mulheres. Foram considerados como critérios de inclusão: Utentes (mulheres e homens) que frequentem a instituição de acolhimento de idosos – Centro Social e Paroquial Nossa Senhora da Boavista; Idade superior a 65 anos; Idosos de qualquer nacionalidade; Idosos com consentimento informado assinado pelo próprio. Como critérios de exclusão: Idosos não colaborantes, que impeçam a recolha de dados. Resultados: O estudo inclui 21 participantes, dos quais 67% dos participantes não possuem práticas de higiene oral. Dos utilizadores de prótese dentária (n=13), 9 mantêm práticas adequadas de desinfecção das próteses, enquanto 4 utilizam próteses sem as desinfetar. Os idosos avaliados não tiveram adequado acesso a programas de prevenção, promoção e educação em saúde oral. Isso resultou no desenvolvimento de hábitos e atitudes menos positivos em relação à saúde oral, levando à acumulação de necessidades orais que foram mal atendidas ou até mesmo negligenciadas ao longo dos anos. Conclusões: Este estudo demostra ser imperativo implementar medidas de intervenção para corrigir hábitos de higiene oral e desinfeção de próteses dentárias. A combinação de uma saúde oral precária com a presença de doenças crónicas e agudas pode criar uma espiral negativa, prejudicando a saúde em geral. A higiene oral, assim como outras necessidades básicas diárias, deve ser incorporada na rotina de cuidados prestados aos residentes que não podem cuidar de si mesmos.

Referência(s)