Artigo Acesso aberto

ANÁLISE DOS BIOMARCADORES NEUROINFLAMATÓRIOS ASSOCIADOS À RESISTÊNCIA AO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO

2025; Volume: 7; Issue: 1 Linguagem: Português

10.36557/2674-8169.2025v7n1p841-853

ISSN

2674-8169

Autores

Maycon Marwin da Silva, Arthur Oliveira Silva Amaro, Maria Rute de Souza Luna, Raphael Alle Marie, Fernanda Machado Nogueira Castro, José Janiere Silva de Souza, Fernanda Alves Quinaud, Anderson Nascimento de Andrade, Willian Lucas da Silva Coelho, Katarina Anunciada de Moura, Thaylini Querino dos Santos Conceição Borges, Luís Eduardo Gomes Braga,

Tópico(s)

Creativity in Education and Neuroscience

Resumo

Introdução: A depressão resistente ao tratamento (DRT) é uma condição caracterizada pela ausência de resposta a pelo menos dois antidepressivos adequados, associada a alterações neuroinflamatórias e disfunções no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA). Biomarcadores inflamatórios, como interleucina-6 (IL-6), fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α) e proteína C-reativa (PCR), têm papel relevante na fisiopatologia dessa condição. Objetivo: Realizar uma análise integrativa sobre biomarcadores neuroinflamatórios associados à DRT, discutindo mecanismos biológicos, intervenções terapêuticas e suas implicações clínicas. Metodologia: Foi conduzida uma revisão integrativa utilizando as bases PubMed e BVS, com os descritores "Biomarkers", "Depressive Disorder" e "Treatment-Resistant". Os critérios de inclusão consideraram artigos completos e livres, publicados entre 2000 e 2025, em português, inglês ou espanhol. Após a triagem, 15 artigos foram selecionados para análise. Resultados e Discussão: Os estudos destacaram níveis elevados de IL-6, TNF-α e PCR em pacientes com DRT, associados à disfunção do HHA e persistência dos sintomas. A cetamina mostrou eficácia ao modular a plasticidade sináptica e reduzir rapidamente os sintomas depressivos, embora os efeitos sejam transitórios. Além disso, biomarcadores eletrofisiológicos, como padrões de conectividade neural, oferecem insights adicionais para o manejo da DRT. A heterogeneidade metodológica, no entanto, dificulta a padronização dos resultados. Conclusão: Os biomarcadores neuroinflamatórios são fundamentais para compreender a DRT, mas limitações metodológicas impedem sua ampla aplicação clínica. Estudos futuros devem priorizar abordagens personalizadas, combinando terapias biológicas, psicossociais e comportamentais para otimizar os desfechos em pacientes com DRT.

Referência(s)