Artigo Acesso aberto

CESARIANAS NO BRASIL: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS TENDÊNCIAS E SEUS FATORES DETERMINANTES (2000 – 2023)

2025; Volume: 5; Issue: 1 Linguagem: Português

10.56083/rcv5n1-083

ISSN

2764-7757

Autores

Kércia Carvalho Ferreira, Sheyla Beatriz Oliveira Santos, Tássio Vinicius Oliveira Araújo, Tayla Emanuela Prudêncio de Araújo, Walfrido Roque de Souza Neto, Wesley Franco dos Santos, Gleide Glícia Gama Lordello,

Tópico(s)

Maternal and Perinatal Health Interventions

Resumo

A prevalência crescente de cesarianas no Brasil é um tema de grande relevância, sendo crucial compreender a evolução dessa tendência e relação com fatores sociais e demográficos para políticas de saúde eficazes e melhorias na assistência à gestante e ao parto no país. Assim, o presente estudo tem como objetivo analisar a evolução das taxas de cesarianas no Brasil no recorte temporal de 2000 a 2023 associando aos fatores sociais e demográficos. Trata-se de um estudo ecológico de análise de série temporal, realizado por meio da coleta de dados no sistema de informação de nascidos vivos (SINASC) no período de 2000 a 2023, onde foram coletados dados relevantes relacionados ao Brasil e suas regiões, com foco nas seguintes variáveis: idade materna, cor/raça, região geográfica e tipo de parto (cesáreo). Esses dados foram coletados, organizados, agrupados e submetidos a cálculos, a fim de realizar uma análise abrangente. Observou-se um aumento na taxa geral de partos cesáreas no Brasil, que passou de 3,44% em 2000 para 4,30% em 2023, representando um aumento no período analisado. As regiões com as maiores médias de taxas de cesarianas foram o Sudeste, com 43,22%, e o Nordeste, com 24,54%. A região Norte apresentou a maior variação percentual anual, com um aumento de 87,29%. Quanto aos fatores maternos associados aos partos cesáreas, foi observado que a faixa etária de 25 a 29 anos e a raça branca estavam relacionadas à maior taxa de cesáreas no período analisado. Existe um aumento nas taxas de cesarianas no Brasil superior ao indicado pela organização mundial de saúde, sendo um desafio para o sistema de saúde. Medidas governamentais e específicas de cada sistema de saúde são necessárias para diminuir as taxas e seu impacto na saúde pública.

Referência(s)
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