DOENÇA DE BEHÇET VERSUS DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL: SIMILARIDADES CLÍNICAS, MECANISMOS PATOGÊNICOS E IMPLICAÇÕES TERAPÊUTICAS
2025; Volume: 7; Issue: 1 Linguagem: Português
10.36557/2674-8169.2025v7n1p902-911
ISSN2674-8169
AutoresEduarda Pimentel, Franquiéle Bonilha da Silva, Jhennifer Oliveira Vimercati, Paolla Rocha de Oliveira, Paola Cestari Ronchetti, M. Ferrer-Martín Rosa, Eduarda Bonicenha Destefani, Karina Campanha, Ruan Carlos Nogueira Santos, Edmar Augusto Campanha Neto, Rafaela Nogueira Santos,
Tópico(s)Inflammatory Bowel Disease
ResumoIntrodução: A Doença de Behçet (DB) é uma vasculite sistêmica crônica que pode afetar diversos órgãos, incluindo o trato gastrointestinal, onde causa lesões ulcerativas semelhantes às da Doença Inflamatória Intestinal (DII), como a Doença de Crohn (DC) e a Colite Ulcerativa (CU). A semelhança clínica entre essas condições, incluindo sintomas como dor abdominal, diarreia crônica e elevação de marcadores inflamatórios, dificulta o diagnóstico diferencial. Apesar disso, existem diferenças patogênicas e terapêuticas significativas entre DB e DII que precisam ser exploradas para um manejo eficaz. Objetivo: Este estudo tem como objetivo revisar as características clínicas, diagnósticas e terapêuticas da Doença de Behçet com envolvimento gastrointestinal, comparando-a com a Doença de Crohn e a Colite Ulcerativa. Metodologia: A revisão foi realizada com base em literatura científica que analisou a patogênese, clínica, diagnóstico e tratamento da DB intestinal e da DII. Discussão: Apesar das semelhanças clínicas entre a DB intestinal e a DII, suas patogêneses são distintas. A DB está associada ao alelo HLA-B51 e à ativação de neutrófilos hiper-reativos, enquanto a DII envolve inflamação mediada por células T-helper. O diagnóstico diferencial inclui observações endoscópicas e histológicas, e tratamentos biológicos emergentes têm mostrado eficácia em casos refratários de ambas as doenças. Conclusão: Embora DB e DII compartilhem sintomas e alguns tratamentos, suas diferenças patogênicas exigem abordagens diagnósticas e terapêuticas distintas. O uso de biomarcadores, como MGAM, pode auxiliar no diagnóstico, e novas terapias biológicas oferecem esperança para o manejo eficaz dessas condições.
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