"Ut Pictura Poesis" e verossimilhança na doutrina do conceito no século XVII colonial
1997; Tufts University; Volume: 23; Issue: 45 Linguagem: Português
10.2307/4530901
ISSN0252-8843
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Aesthetics
ResumoNeste texto, trato do pressuposto doutrinario do conceito engenhoso da poesia e da oratoria seiscentistas, citando autores brasileiros, peruanos e mexicanos, como Gregorio de Matos, Vieira, Caviedes e Sor Juana Ines de la Cruz. A diversidade estilistica e as circunstâncias de producao e consumo de suas obras sao obviamente grandes e aqui nao me ocupo de nenhuma delas em particular. Referindo-as segundo a oportunidade, vou toma-las como exemplos de doutrina neo-escolastica comum, que define a representacao como o desenho externo ou a evidencia da luz natural da Graca. Aconselhando o juizo na invencao das obras, ela ilumina as desproporcoes da fantasia com a proporcao analogica de sua Causa Primeira. No longo seculo XVII – que no Brasil dura pelo menos ate 1750 – a doutrina do desenho e um modelo cultural internacionalizado nas apropriacoes catolicas da retorica aristotelica e dos textos italianos quinhentistas e seiscentistas sobre a agudeza. Padroes da racionalidade de Corte iberica – prudencia, discricao, agudeza, dissimulacao – modelam a representacao, adaptada ao referencial dos discursos coloniais em varias situacoes. Como um modelo supra-individual, o estilo e entao sempre entendido como o resultado da emulacao nao-psicologica de autoridades. E o pressuposto doutrinario comum que permite o estabelecimento de comparacoes Floema Especial Ano II, n. 2 A, p. 111-131 out. 2006
Referência(s)