Artigo Produção Nacional

Freqüência de consumo de carne suína pelos estudantes da escola de medicina veterinária e zootecnia da Universidade Federal da Bahia

2014; Volume: 12; Issue: 3 Linguagem: Português

ISSN

2596-1306

Autores

Verena Pereira Costa, Paulo Levi de Oliveira Carvalho, Ana Lúcia Almeida Santana, Aline Santana de Souza, Morgana Miranda Ramos, Daniela Costa Cotrim, Tâmiles Naiara dos Santos Bispo, Ana Delma de Souza Santos,

Tópico(s)

Rural Development and Agriculture

Resumo

Em algumas regioes brasileiras, principalmente Norte e Nordeste, o consumo de carne suina e reduzido, fato atribuido aos habitos culturais e informacoes escassas sobre a qualidade desta carne. Neste contexto, foi avaliada a frequencia do consumo da carne suina por estudantes dos cursos de graduacao em Medicina Veterinaria e Zootecnia da Universidade Federal da Bahia. Dessa forma foi aplicado um questionario on line, previamente elaborado e com divulgacao nas redes sociais. O levantamento abordou questoes sobre o consumo de carne suina, a frequencia do consumo, motivos pelo baixo consumo e conhecimento sobre a quantidade de calorias e colesterol das carnes de diferentes especies (aves, bovina e suina). Foram obtidas 312 respostas, das quais 261 de alunos do curso de graduacao em Medicina Veterinaria e 51 de Zootecnia. Com os resultados obtidos foi realizado uma triagem, e estes foram submetidos a analise descritiva, com enfase na distribuicao de frequencias relativas as respostas. Os resultados obtidos mostram que 87,17% dos participantes consomem carne suina, e dentre estes 71,79% sao do curso de Medicina Veterinaria e 15,38% de Zootecnia. Com relacao a frequencia do consumo foi observado um baixo consumo de carne suina pelo publico alvo, pois do total de entrevistados apenas 3,52% consomem diariamente e 23,71% consomem raramente. Entretanto, um consumo significativo (8,33%) foi observado em datas festivas do ano. Um total de 12,18% responderam que consomem quinzenalmente, 17,31% consome mensalmente e 22,11% consomem semanalmente. Por outro lado, 50,96% dos entrevistados que declararam que nao consomem ou consomem com baixa frequencia a carne suina, afirmam que o baixo consumo e devido ao paladar, pela baixa disponibilidade nos restaurantes, aos precos onerosos, por questoes sanitarias e/ou por acreditarem que possuem maior quantidade de gordura, sendo que 49,04% nao apresentaram um motivo especifico. Na abordagem sobre os aspectos relacionados as caracteristicas da carne sobre o menor teor calorico e de colesterol, 57,00% dos estudantes acreditam ser o peito de frango, 29,32% lombo suino, 8,14% pelo file mignon bovino e 5,54% pela alcatra bovina. De acordo com os resultados obtidos e notorio que ainda existe um conceito equivocado sobre a qualidade da carne suina entre estudantes de nivel superior, alem disso, as questoes culturais e religiosas contribuem para o baixo consumo diario. Fatores como a ausencia de informacao e/ou incentivo comprometem o desenvolvimento da cadeia produtiva da suinocultura no estado.

Referência(s)