Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Arqueologia eco-histórica das lavras do abade

2011; Volume: 24; Issue: 2 Linguagem: Português

10.24885/sab.v24i2.334

ISSN

1982-1999

Autores

Diogo Menezes Costa,

Tópico(s)

Amazonian Archaeology and Ethnohistory

Resumo

Em 1887 as Lavras do Abade, uma vila de mineradores de ouro no centro-oeste brasi-leiro, foi atacada por duas noites e três dias consecutivos pelo arraial de Meia Ponte, suavila vizinha e hoje cidade de Pirenópolis. Conforme narrativas locais a mineração foi destruída em conseqüência da poluição da água do Rio das Almas que nasce na Serra dos Pireneus-GO. Entretanto, pesquisas iniciais conduzidas nesta área (Costa, 2003; Costa, 2006) indicaram que o patrimônionatural local não foi o único motivo de disputas relacionadas ao controle e uso dos recursos hídricos, pois este enfrentamento também foi motivado por disparidades econômicas e disputas políticas entre as duas comunidades. Todavia, se a destruição da vila de mineradores das Lavras do Abade foi o resultado de um “conflito ambientalista”, o aprofundamento das pesquisas neste sítio arqueológico é a forma mais efetiva de com provar indicadores de uma consciência preservacionista ou conservacionista precoce no país, resultante da poluição provocada pela indústria da mineração sobre os recursos naturais no Cerrado brasileiro no final do século XIX.

Referência(s)