A nação na ponta da meia-língua: ausência, silêncio e morte em A menina morta
2005; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 11; Linguagem: Português
10.17851/2358-9787.11.0.159-166
ISSN2358-9787
AutoresMaria Ângela de Araújo Resende,
Tópico(s)Brazilian cultural history and politics
ResumoA partir da leitura da obra A menina morta, de Cornélio Penna,publicada em 1954, pretende-se discutir as tentativas de representar anação pela via do feminino. Considerando-se a voz, elemento essencialpara a efetivação das narrativas da nação, a “meia-língua”, configuradana obra, evoca as vozes despossuídas das personagens femininas: asescravas, a governanta alemã, as parentas agregadas, o fantasma damenina morta e Carlota, a filha recém-chegada da corte, que dariacontinuidade a um projeto fundador. Na contra-mão da convivênciapacífica entre casa-grande e senzala, pontuada por Gilberto Freyre, Amenina morta representa um tipo de narrativa que pode indicar ainviabilidade de um projeto fundador.
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