A formaçao das naçoes e o nacionalismo: os paradigmas explicativos e o caso português

2003; Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa; Volume: 37; Issue: 165 Linguagem: Português

ISSN

2182-2999

Autores

José Manuel Sobral,

Tópico(s)

Globalization and Cultural Identity

Resumo

Enquanto escrevia este artigo, os conflitos ligados ao nacionalismo multiplicavam-se em varios continentes. Sobressai, na actualidade, um deles, o conflito israelo-palestino. Nao so pelo que diz respeito aos actores em confronto directo, mas porque o mesmo envolve directamente os EUA, constituindo um estimulo a hostilidade antiamericana muito difundida no seio das populacoes islâmicas. A traducao mais dramatica desta foi o atentado de 1 1 de Setembro, o qual, por sua vez, levou a um intensificar do nacionalismo norte-americano. Mas o nacionalismo nao esta activo apenas nas suas dimensoes mais horrendas e visiveis. Tambem se manifesta nas mais invisiveis e impregnadas no quotidiano: as que conferem e inculcam uma determinada identidade ao nascido num ou noutro local, que e parte da sua identidade pessoal. Permanece vivo, apos dois seculos em que teve um papel determinante: basta lembrar as duas guerras mundiais do seculo que findou, a descolonizacao e o desmembramento da Uniao Sovietica. As manifestacoes espectaculares na actualidade de movimentos nacionalistas em todos os continentes pois sao essas, e nao a identidade nacional inscrita na naturalidade e na cidadania, o que atrai as atencoes tem sido interpretadas de modo distinto. Enquanto ha quem veja (Hechter, 2000, p. 3),

Referência(s)