Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Os irmãos nas novas configurações familiares

2017; Volume: 30; Issue: 69 Linguagem: Português

10.7213/psicolargum.v30i69.23283

ISSN

1980-5942

Autores

Caroline Rubin Rossato Pereira, Dorian Mônica Arpini,

Tópico(s)

Male Reproductive Health Studies

Resumo

Apesar do pouco investimento em estudos no âmbito da relação entre irmãos, este é um tema complexo e rico, abarcando diversas interações em seu desenvolvimento. Com as intensas transformações no âmbito das configurações familiares, acentuadas com o incremento nas taxas de divórcio a partir da década de 1990, a relação entre irmãos, assim como toda a estrutura familiar, ganhou em complexidade. Neste contexto, os laços que unem os membros familiares estariam caminhando para uma menor exigência de consanguinidade em nome de um incremento das relações por meio de laços afetivos de apoio mútuo. A partir desta perspectiva, o presente estudo visou a uma aproximação do universo dos irmãos nas novas configurações familiares a começar do olhar dos filhos adolescentes. Participaram da pesquisa seis adolescentes com idades entre 15 e 18 anos que viviam em famílias monoparentais ou reconstituídas e possuíam meios-irmãos e/ou irmãos políticos/circunstanciais. A análise de conteúdo qualitativadas entrevistas indicou a relevância do convívio próximo entre os irmãos para o sentimento de fratria. Além disso, o relacionamento estabelecido com o progenitor comum ou o/apadrasto/madrasta foi apontado pelos adolescentes como importante para o reconhecimentoe a qualidade do relacionamento fraterno. O vínculo fraterno seria delimitado, em última instância,pelas ligações afetivas estabelecidas entre os membros da família, sendo necessários,para tanto, o convívio, o apoio mútuo, a troca afetiva.

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