Informativos
Brasil registra 168 mil mortes por ano atribuíveis ao excesso de peso e à obesidade
Aproximadamente 168 mil mortes por ano no Brasil são atribuíveis ao excesso de peso e à obesidade – é o que aponta estudo inédito publicado em 17 de outubro pela revista científica Preventing Chronic Disease. O título do Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Atlanta (em inglês, Center for Deasese Control and Prevention – CDC) faz parte do acervo do Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
A investigação estimou a proporção de mortes por doenças não transmissíveis que poderiam ser evitadas com a redução do índice de massa corporal (IMC) da população. “Pessoas com o IMC alto apresentam risco aumentado para diversas patologias crônicas, como doenças cardiovasculares, diabetes, doenças respiratórias e câncer. No Brasil, essas doenças representam 75% de todas as causas de morte atuais”, conta Leandro Rezende, ex-bolsista da CAPES e professor do Departamento de Medicina Preventiva da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP.
Para estimar o IMC da população brasileira, os autores utilizaram dados da Pesquisa Nacional de Saúde, conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2013, mais de 40% da população brasileira já apresentava excesso de peso (IMC 25≥ kg/m2). De acordo com Rezende, foram considerados três diferentes cenários. No primeiro panorama, observou-se que, se a população brasileira adulta tivesse o IMC de 22kg/m2 (ou seja, se não houvesse excesso de peso/obesidade), aproximadamente 168 mil mortes por ano no Brasil seriam evitadas.
“Esse número representa cerca de 25% das mortes pelas principais patologias crônicas (doenças cardiovasculares, respiratórias e câncer) e 15% de todas as mortes ocorridas. A maior parte das mortes evitáveis seria por doenças cardiovasculares (106.307), seguidas por doenças respiratórias (33.471) e câncer (28.653)”, indica o autor.
No segundo cenário, os cientistas levantaram quantas mortes seriam evitadas se o IMC da população fosse o mesmo de 2002/2003. Nesse quadro, constataram que aproximadamente 65 mil mortes seriam evitadas, representando 10% das mortes pelas principais doenças crônicas e 5,8% das mortes por todas as causas. Por fim, o terceiro cenário estimou a redução de uma unidade do IMC (1Kg/m2) na população, o que evitaria cerca de 30 mil mortes, representando 4,6% dos óbitos pelas principais doenças crônicas e 2,7% das mortes por todas as causas.
Para ter acesso aos resultados completos do estudo, os usuários podem acessar o artigo científico Deaths Attributable to High Body Mass in Brazil. A revista científica Preventing Chronic Disease pode ser localizada pelo link buscar periódico, pelo nome ou código ISSN 1545-1151. O título é de acesso aberto, sendo que pode ser consultado por qualquer usuário independente de vínculo com instituições participantes do Portal de Periódicos.
A publicação apresenta um conselho editorial com um grupo diversificado de líderes e especialistas independentes, com experiência em várias áreas de pesquisa, avaliação e prática em saúde pública. Os membros são voluntários e aconselham a revista científica sobre suas políticas, além de identificar tópicos apropriados e oportunos.
O Portal de Periódicos autoriza a reprodução parcial ou total de suas notícias desde que seja citada a fonte: "Portal de Periódicos da CAPES"
Informativos relacionados
- 28.06.21
- 00:06
- 07.06.21
- 00:06
- 22.06.20
- 00:06
- 18.03.20
- 00:03
- 26.12.19
- 00:12